Desfrutamos de um dos estilos de vida mais luxuosos da Terra: abundância de alimentos, trabalho automatizado, prazer sem esforço. Mas é exactamente este estilo de vida que nos está a matar.
Texto de Cathy Newman
Fotografias de Karen Kasmauski
Linda Hay tem 39 anos, 1,65m e pesa 142kg. Passou duas décadas a tentar (sem sucesso) perder peso, depois de recorrer a todos os meios imagináveis. Hoje, Linda está sentada no consultório do centro médico da Universidade de Virginia Commonwealth. A seu lado, junta-se Harvey Sugerman, o cirurgião que, dentro de duas semanas, irá conduzir um perigoso by-pass gástrico nesta paciente. O by-pass gástrico é uma intervenção cirúrgica importante que reduz a capacidade do estômago: da dimensão de uma garrafa de vinho, o órgão diminui para o tamanho de um pequeno copo. Em simultâneo, a cirurgia reconfigura o intestino delgado. Após a operação, a maioria dos doentes perde cerca de dois terços do peso excessivo no prazo de um ano. Porém, é uma intervenção cirúrgica arriscada: na lista de possíveis complicações contam--se embolia pulmonar, pneumonia, infecção, fístula de ligação dos topos do intestino que são suturados, com passagem do conteúdo para a cavidade abdominal e (num em cada cem casos) a morte.
Quando lhe pergunto o que a levou a decidir--se pela operação, Linda fala-me da humilhação que sente nos aviões, quando tem de pedir uma extensão do cinto de segurança; da relutância que experimenta em ir ao cinema porque as cadeiras são demasiado estreitas. Enumera os problemas de saúde associados ao peso: tensão alta, varizes, inchaços nos pés e tornozelos, depressão. “Consegue-se controlar o peso durante algum tempo”, diz. “A seguir, falha-se outra vez e ficamos ainda mais deprimidos.”
Leia o artigo completo na revista National Geographic, PÁG. 20 / AGOSTO 2004.
http://www.nationalgeographic.pt/articulo.jsp?id=1211677
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